domingo, abril 27, 2008

foto-memória # 135 - Perspectivas Soltas Sob o Céu Azul - Exposição de Fotografia na Livraria Apolo | Oliveira do Hospital | texto de apresentação

Quando, em 2005, rumei a Lisboa, para lá trabalhar durante 2 anos, senti de imediato que deixava para trás algo que lá jamais encontraria: Alvoco, mesmo sendo um rio com menor expressão, é mais belo e limpo que o Tejo. É óbvio que iria ter saudades do Alvoco e da sua aldeia que lhe empresta as Várzeas. Decidi então, utilizando as vantagens da Web, produzir um blogue fotográfico sobre a freguesia de Alvoco das Várzeas, a que chamei Foto-Memória de Alvoco - wwwfotomemoriadealvoco.blogspot.com - e assim poder tê-la sempre ao alcance de um clique, ainda por cima com perspectivas muito pessoais. Optei, deliberadamente, pelos pormenores em fotografia sobre elementos naturais... A exposição Foto-Memória de Alvoco_Perspectivas Soltas Sob o Céu Azul, congrega um conjunto de 16 fotos, dividida por 2 grupos (cor e água), onde se pretendem espelhar pormenores e recantos da freguesia (as fotos foram tiradas em Alvoco das Várzeas e no Parente).Todos os trabalhos foram realizados sob uma perspectiva auto-didacta e sem grandes conhecimentos técnicos sobre a arte de fotografar. Espero, sinceramente, que gostem.
Luís Antero

6 comentários:

Anónimo disse...

Povo que lavas no rio
E talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão.
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não.

Fui ter à mesa redonda
Bebi em malga que me esconde
O beijo de mão em mão.
Era o vinho que me deste
A água pura, puro agreste
Mas a tua vida não.

Aromas de luz e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição.
Povo, povo, eu te pertenço
Deste-me alturas de incenso,
Mas a tua vida não.

Povo que lavas no rio
E talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão.
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não.

Amália Rodrigues : Povo que lavas no rio
Música: Fado Victoria
Letra: Pedro Homem de Melo

Aconteceu uma vez em Alvoco...
Por uma Terra com Memória.

Anónimo disse...

A prova provada que se pode utilizar e bem a Internet, aqui na defesa do nosso sagrado torrão natal, como veículo de propaganda das suas belezas naturais. Este blogue é, por isso, uma delícia que visito com agrado. Boa semana.

luís antero disse...

uma boa semana tb para si, caro Jofre, e para o caro anónimo que fez o favor de aqui nos lembrar uma bela voz e um belo poema. portugalidade qb é tb a missão deste blogue. obrigado por terem vindo a este tasco de memórias.

Anónimo disse...

Olá bom dia,
João Antero, é com agrado efatisfação que visito este blogue, não sou de Alvoco de Varzeas, mas sou descendente de pessoas dessa Aldeia, para mim que estou em Lisboa vejo com muito agrado tudo o que pode lembrar-me a minha querida e "saudosa terra", ainda bem que há sempre alguém que nos faça recordar as nossas origens, costumo dizer ás pessoas daqui, que "sinto o cheiro da minha serra, quando por lá está a nevar" e isso é verdade sinto o cheiro quando o vento vem de lá não sei bem explicar? , mas sinto-o" sou da freguesia de Vide-Coucedeira.
Tudo o que fez é um trabalho expectacular, por mim só me resta agradecer, obrigado pelas imagens e recordações, de Alvoco de Varzeas, bem como de toda a zona envolvente das nossas serras, que tenho observado pelos vários bloges que por aí se encontram.
Maria de Fátima Gouveia

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
luís antero disse...

obrigado pelas suas palavras Maria de Fátima. ainda há pouco tempo passei na Coucedeira para gravar a água da ribeira do Piódão e do lavadouro. em breve publicarei no meu site www.luisantero.yolasite.com essas recolhas sonoras. entretanto, se quiser, visite www.sonsdealvoco.yolasite.com
neste caso, é a memória sonora que por lá está em causa. gravações pela freguesia de Vide tb há muitas. a Barriosa, por exemplo, sempre a considerei como uma espécie de extensão de Alvoco, dadas as relações culturais e de amizade que por lá mantenho. beijinhos,